janeiro 18, 2014

Qualificação de produtos regionais de Oleiros - Sessão de esclarecimento





Qualificação dos produtos endógenos de Oleiros em destaque


Realizou-se no passado dia 17 de janeiro, pelas 10H00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Oleiros, uma sessão de esclarecimento acerca da valorização dos produtos endógenos de Oleiros. Face à importância desta temática, participou nesta sessão um painel de especialistas bastante entendido na matéria, oriundo da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e o qual foi presidido pela própria Diretora Regional daquela entidade, Eng.ª Adelina Martins. Este painel, perante uma plateia repleta e interessada, esteve sempre com a maior disponibilidade para esclarecer os diversos agentes presentes das mais variadas fileiras destaque.


A sessão abordou a valorização dos produtos locais e a sua diferenciação, enquanto vetor de desenvolvimento integrado e assim, de sustentabilidade do território, através da promoção dos produtos tradicionais e da geração de riqueza nas áreas rurais. Segundo Adelina Martins, a inovação é fundamental, não só ao nível da produção, como também da comercialização e do consumo. “É necessário adequar a estratégia e definir quantidades”. Por último, foi avançado que a Direção Regional está disponível para colaborar, lançando o repto sobre as mais variadas iniciativas, alargando-as a diversas áreas e incidindo-as principalmente sobre os jovens.


Após uma apresentação direcionada para a produção de medronho, de elevado interesse prático para os empresários agrícolas, por parte do Eng.º Manuel Sequeira, Diretor da Delegação de Castelo Branco da DRAPC, o Eng.º Arlindo Antunes, chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural daquela entidade, abordou a questão do registo de nomes de produtos agrícolas e géneros alimentícios com designação DOP, IGP e ETG. A apresentação deu enfoque à importância da definição da área geográfica de produção na garantia das especificidades dos produtos e à ligação destes à origem. Foi assim abordado o Regulamento (EU) n.º 1151/2012, com especial enfoque sobre questões como o caderno de especificações do produto, a sua rastreabilidade ou o agrupamento de produtores e o seu papel fundamental no processo de diferenciação pela qualidade. Na apresentação foi também referido que deveria haver uma legislação que facilitasse o processo de certificação dos produtos locais. Num território como o Centro, compreendendo 6 distritos, apenas estão considerados 14 agrupamentos de produtores e um total de 23 produtos qualificados.


No final, o Dr. Álvaro Batista, do Núcleo de Apoio Jurídico da DRAPC, abordou a questão da criação de uma marca no Instituto Nacional de propriedade Industrial, a qual também permite diferenciar os produtos perante o consumidor e assim, valorizá-los. Por exemplo, no caso das designações DOP/IGP, uma marca acrescenta-lhe diferenciação. 


Durante a sessão, produtos como o Cabrito Estonado, o vinho Callum, o Medronho e a Broa da Isna foram bastante abordados e verificou-se que a certificação ajuda o consumidor a identificar a excelência do produto. A base da marca é a produção e o futuro passa pelo aumento do volume de produção, o fomento da iniciativa e empreendedorismo de jovens que estejam interessados em regenerar o tecido empresarial e o associativismo dos produtores. O Presidente da Câmara de Oleiros, Dr. Fernando Jorge afirmou quecom o apoio do governo, a comprovada disponibilidade dos técnicos do Ministério da Agricultura e do Município de Oleiros e com a capacidade de trabalho dos Oleirenses, será possível promover produtos de elevada qualidade e únicos no mundo”.
cm - Oleiros

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