janeiro 27, 2014

Uma excelente exposição oferece o hotel Santa Margarida

HOTEL DE SANTA MARGARIDA DE OLEIROS


INAUGURA UMA “OUTRA ARTE”
Já com todas as fotos


Neste sábado, dia 25 de janeiro de 2014, teve lugar a inauguração de uma excelente exposição em azulejo “alicatado” de José Freire, artista natural do Fundão mas desenvolve a sua arte no seu atelier em Azeitão (margem sul) onde executa meticulosamente as suas obras baseando-se, fundamentalmente, na recriação de pinturas e desenhos de artistas célebres e com poder enorme de criação das suas próprias peças. Toda a sua obra é concebida com pedacinhos de azulejo geometricamente preparados e escolhidos para o efeito que pretende. Em nenhuma é aplicada qualquer tipo de tinta. Na sua obra encontramos peças, quadros, painéis e também peças tridimensionais. Uma obra muito valiosa.

A apresentação da exposição esteve a cargo da Dr.ª Isabel Bessa Garcia professora, investigadora e bibliotecária na Escola C+S Pedro da Fonseca, sede do Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova que, detalhada e historicamente, enquadrou toda a obra de José Freire de forma pedagógica e científica que encantou todos os presentes. Foi uma autêntica aula de ensino superior mostrando sapiência sobre esta arte e outras correlacionadas. Foi um prazer poder assistir a este momento raro em Oleiros que, nalguns momentos, até as chamadas de atenção para alguns pormenores, nos faziam mergulhar por dentro das milhares e pequeníssimas peças de cada obra que o próprio artista nitidamente também apreciava. Foi bom. Foi muito bom.

Esta exposição acontece por convite do Diretor do Hotel, Dr. Fernando Carvalho, ao artista que a certa altura declara, “entre tantas exposições, esta é a primeira vez que exponho num hotel”. E logo alguém ao lado diria “o hotel assim está ainda muito mais bonito”.

Não deixem de visitar esta exposição, porque vale a pena e não há muitas oportunidades como esta.

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E o que é isto de azulejo “alicatado”? (continuar a ler)


“Há mais de cinco séculos que a azulejaria ocupa uma posição de relevo entre as artes decorativas portuguesas. Ao longo da sua história sofreu múltiplas influências, que se caraterizaram pela riqueza cromática, a monumentalidade, o sentido cenográfico e a sua integração na arquitetura.

Foi durante a ocupação árabe que os povos Ibéricos conheceram a cerâmica mural, através da utilização de placas de barro cobertas de vidrado, que cortadas em fragmentos geométricos eram recombinados em belos painéis, semelhantes ao mosaico greco-romano e aplicados em tetos de palácios, murais de igrejas, conventos e outros locais nobres.

Uma das formas de cortar o azulejo era feita com alicate, estando em voga nos séculos XVI e XVII, é nos finais do século XVI, que aparecem em Portugal os primeiros painéis (embutidos em tetos e paredes) combinados em xadrez e em outras formas mais ou menos complexas que, eram conhecidos como “azulejos de caixilho”.

Todavia, a morosidade da sua execução fez aparecer o azulejo atual, acabando por ser abandonadas as várias técnicas de trabalhar o azulejo, entre elas a técnica “alicatado”.

Apesar de há muito se ter deixado de utilizar esta técnica, José Freire pretende recriar e divulgar esta sua genuína forma de trabalhar o azulejo, indo a encontro de “Outra Arte”

Para um melhor conhecimento da sua obra pode ser visitada a página www.outraarte.com

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